Jogar não é só pra quem quer, mas principalmente pra quem sabe!!

Jogar não é só pra quem quer, mas principalmente pra quem sabe!!
Malandrão eu? Não, ninguém é bobo. Se quer guerra terá, se quer Paz, quero em dobro... Frase, por Racionais Mcs

domingo, 16 de junho de 2013

COPA DAS CONFEDERAÇÕES

Em jogo marcado por vaias a Dilma e protestos fora do estádio, time de Felipão passa sem sustos pela seleção japonesa em Brasília. Jô, que entrou no segundo tempo, e Paulinho fecharam o placar.
Com dois gols-relâmpago – um em cada tempo de jogo – e um nos acréscimos, o Brasil estreou neste sábado (15/06) com vitória por 3 a 0 sobre o Japão na Copa das Confederações. Fora os gols de Neymar, Paulinho e Jô, a torcida presente no Estádio Nacional de Brasília, que não esteve lotado, teve poucos momentos para vibrar com a seleção brasileira.
Buscando conquistar a confiança do torcedor, o Brasil partiu com tudo para cima dos japoneses e abriu o placar logo no terceiro minuto de jogo. Depois de cruzamento do lateral-esquerdo Marcelo, Fred ajeitou de peito para Neymar que acertou um lindo chute de primeira no ângulo do goleiro Kawashima. Com o gol, Neymar tornou-se o maior artilheiro do confronto Brasil e Japão, com três gols, um a mais que Ronaldo.
Daí em diante, o Brasil começou a se retrair, chamando a seleção japonesa para o seu campo de defesa. Erros de passe e a saída lenta do sistema defensivo começaram a aparecer. Keisuke Honda, o meia japonês com o cabelo descolorido, dava um susto atrás do outro ao goleiro Júlio César.
Neymar comemora seu golaço, que abriu o caminho para a vitória brasileira
Quando a impaciência da torcida brasileira começava a dar as caras, o Brasil quase marcou o segundo gol. Aos 40 minutos, Hulk recebeu na entrada da área e estufou a rede pelo lado de fora. Aos 42 minutos, Fred tabelou com Neymar e chutou cruzado na área, mas o goleiro japonês espalmou e evitou a sobra para Neymar.
Felipão diz que Neymar é decisivo
Assim como no início do jogo, o Brasil não precisou de muito tempo na segunda etapa para balançar a rede do Japão. Três minutos jogados e o volante Paulinho, depois de receber passe de Daniel Alves, girou o corpo e chutou por baixo de Kawashima. Falha do goleiro, e 2 a 0 para o Brasil. E, novamente, a seleção brasileira baixou o ritmo depois de marcar um gol. No minuto seguinte, Okazaki antecipou o cruzamento de Ushida, e a bola passou raspando a trave brasileira.
Jogadores brasileiros comemoram o gol de Paulinho
A torcida voltou a se manifestar aos 28 minutos da segunda etapa, quando aplaudiu a entrada de Lucas, mas chegou a vaiar o técnico Luiz Felipe Scolari por tirar Neymar, que estava mancando. Outro que saiu com dores foi Fred, para dar lugar a Jô.
"O Neymar é o mesmo de sempre. Em um ou outro jogo ele pode não estar tão bem, mas no geral, ele é craque. Ele faz a diferença e vai fazer sempre", disse Felipão. "Vamos encontrando uma maneira de jogar, com peças de reposição que entram e ajudam muito."
E quando a partida já se encaminhava para um sonolento final, no qual volantes e zagueiros simplesmente trocavam passes e os jogadores japoneses assitiam resignados, Oscar resolveu conduzir a bola quase do meio-campo até a entrada da área. Ele passou para Jô, que tocou por baixo de Kawashima, fechando o marcador.
Com a vitória, o Brasil quebrou o tabu de nunca ter vencido o Japão em Copa das Confederações. Foram dois empates – 0 a 0 em 2001 e 2 a 2 em 2005. De quebra, a seleção brasileira manteve a invencibilidade contra os japoneses em jogos com o time principal.
Protestos e vaias
Se o jogo do Brasil foi, às vezes, sonolento, fora do Estádio Nacional de Brasília o clima esquentou antes da partida. Centenas de pessoas voltaram a protestar contra a organização da Copa do Mundo e a corrupção. Até coros contra a Fifa foram entoados. Usando narizes de palhaços e faixas e cartazes, manifestantes foram dispersados com bombas de efeito moral, disparados pela tropa de choque. Segundo a Polícia Militar, ao menos 16 pessoas foram presas e 35 ficaram feridas.
Blatter e Dilma receberam sonoras vaias na abertura da Copa das Confederações
Dentro do Estádio Nacional de Brasília, o tom de desagrado com o governo brasileiro e a Fifa continuou. A presidente Dilma Rousseff foi vaiada seguidas vezes. A primeira vaia foi ainda antes de Dilma se dirigir ao público, quando o sistema de som anunciou seu nome aos cerca de 70 mil torcedores que foram ao estádio.

A segunda foi quando ela foi mencionada pelo presidente da Fifa, Joseph Blatter, que estava a seu lado na tribuna de honra. Durante as vaias, Blatter chegou a pedir respeito aos torcedores: “Amigos do futebol brasileiro, onde está o respeito e o fair play, por favor?"

O pedido do dirigente fez o barulho aumentar, e a presidente brasileira fez o discurso de abertura oficial do torneio sob vaia intensa. "Declaro oficialmente aberta a Copa das Confederações", disse Dilma, sem conseguir esconder o constrangimento com a situação.
Ficha técnica
Local: Estádio Nacional de Brasília
Arbitragem: Pedro Proença (Portugal), auxiliado por seus compatriotas José Trigo e Bertino Miranda.
Gols: Neymar (3 do primeiro tempo); Paulinho (3 do segundo tempo) e Jô (47 do segundo tempo)
Cartões amarelos: Hasebe (Japão)
Brasil: Júlio César; Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz e Marcelo; Luiy Gustavo, Paulinho e Oscar; Neymar (Lucas), Hulk (Hernanes) e Fred (Jô).
Técnico: Luiz Felipe Scolari.
Japão: Eiji Kawashima; Atsuto Ushida, Yuto Nagatomo, Yasuyuki Konno e Maya Yoshida; Makoto Hasebe, Hiroshi Kyotake (Ryoichi Maeda), Yasuhito Endo (Hajime Hosogai), Shinji Kagawa e Keisuke Honda (Takashi Inui); Shinji Okazaki.
Técnico: Alberto Zaccheroni
Fonte: 
  • Autoria Philip Verminnen
  • DW - NOTÍCIAS

Nenhum comentário:

Postar um comentário