Jogar não é só pra quem quer, mas principalmente pra quem sabe!!

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Malandrão eu? Não, ninguém é bobo. Se quer guerra terá, se quer Paz, quero em dobro... Frase, por Racionais Mcs

quarta-feira, 1 de maio de 2013

BARCELONA: MÁ FASE OU DECLÍNIO DO SEU FUTEBOL QUE ENCANTOU O MUNDO???


E agora, Barcelona?

qua, 01/05/13

Ser eliminado por um placar agregado de 7 a 0 não é bom para time algum, mas deixa lições ainda mais importantes quando o eliminado é o Barcelona, então melhor equipe do mundo. A queda perante o Bayern de Munique mostrou que, embora os catalães ainda sejam fortíssimos, é preciso fazer algumas mudanças para que Messi e companhia voltem ao topo do futebol europeu. A primeira delas, como numa boa reabilitação, é admitir os erros.
O principal equívoco foi uma pequena dose de soberba. Quando Pep Guardiola deixou o clube no fim da última temporada, a diretoria blaugrana pareceu não dar muita importância. Promoveu Tito Vilanova e fez alterações mínimas no elenco. Parecia convencida de que a aura do Barcelona seria suficiente para manter os bons resultados, num conceito que foi chamado de “autogestão” pelos jornais espanhóis. Como vimos nesta quarta, não foi.
O treinador húngaro Béla Guttmann, que fez sucesso na década de 60 ao levar o Benfica ao bicampeonato europeu e ainda comandou diversos times no mundo – inclusive o São Paulo – tinha uma regra para sua carreira: nunca ficava mais de três anos numa equipe, pois considerava que este era o tempo antes de seus jogadores se desgastarem e perderem a motivação. É mais ou menos o que aconteceu com o Barcelona nesta temporada. Com a decisão de manter tudo como estava, a diretoria esticou o “prazo de validade” de uma equipe que já dava sinais de cansaço. Contra o Bayern, a imagem dos jogadores blaugranas tentando chuveirinhos para a área e forçando lançamentos sem critérios mostrava bem como a ideia catalã de jogar precisará de uma repaginação.
Vilanova fez um ótimo início de temporada e não é nenhum incompetente – ainda foi atrapalhado pelo tratamento contra o câncer durante boa parte da temporada -, mas não conseguiu montar um plano B para o Barça quando o super-herói Messi estivesse indisponível. A “Messidependência”, tão falada nos últimos dias, ficou ainda mais evidente na eliminatória contra o Bayern de Munique. Pouco para uma equipe da importância dos catalães.
Outra questão diz respeito à montagem do elenco. Apesar da excepcional geração de Messi, Piqué e Fàbregas, a água de La Masia (o CT da base culé) não produz craques todo dia. O Barça sofreu durante toda a temporada com a falta de um zagueiro mais confiável para substituir Puyol e com opções ofensivas mais eficientes que Alexis e Pedro. O clube preferiu apostar em Bartra e Tello, mas, na hora do aperto, deve ter se arrependido. A filosofia do Barça é louvável, mas é preciso reconhecer quando é necessário buscar peças no mercado.
Talvez a eliminação para o Bayern faça bem ao Barcelona. Cai um pouco a aura de time perfeito, que faz tudo certo, joga o futebol mais atraente, tem o melhor jogador do mundo e aposta na base. A julgar pelas especulações da imprensa espanhola, a diretoria culé já percebeu isso: a tendência é que cheguem bons reforços na próxima temporada. Além de Neymar, que daria um upgrade no ataque, um zagueiro, um centroavante e uma sombra para Daniel Alves seriam importantes para o plantel.
Por fim, uma ponderação. A temporada do Barcelona está longe de ser ruim. O time será campeão espanhol com extrema facilidade e ainda chegou às semifinais da Liga dos Campeões, o que não pode ser considerado um fracasso. O único problema é que as expectativas em cima dos catalães são imensas. A derrota para o Bayern foi inquestionável, mas, com Messi e um pouco mais de humildade, o Barça tem tudo para recuperar o trono na próxima temporada.
Por Felipe Schmidt - GLOBOESPORTE.COM

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