Jogar não é só pra quem quer, mas principalmente pra quem sabe!!

Jogar não é só pra quem quer, mas principalmente pra quem sabe!!
Malandrão eu? Não, ninguém é bobo. Se quer guerra terá, se quer Paz, quero em dobro... Frase, por Racionais Mcs

quarta-feira, 22 de maio de 2013

O QUE ESPERAR DA SELEÇÃO BRASILEIRA NA COPA DAS CONFEDERAÇÕES???



Brasil em busca de um caminho na Copa das Confederações

Mateus Silva Alves - O Estado de S. Paulo
SÃO PAULO - A seleção brasileira chegará ao seu principal teste pré-Copa do Mundo ainda à procura de uma cara, de um estilo. Isso está longe de ser desejável, especialmente para uma equipe tão tradicional (e que, ainda por cima, vai sediar o Mundial), mas é consequência da troca de treinador feita no fim do ano passado. No momento em que Mano Menezes, muito criticado pela falta de bons resultados contra adversários de peso, estava dando à seleção uma feição bastante interessante, ele se viu demitido. Luiz Felipe Scolari foi contratado para substituí-lo por causa do seu status de campeão do mundo, mas teve muito pouco tempo para armar um time a seu gosto. E, mesmo assim, vai disputar a Copa das Confederações com a obrigação de vencê-la. Não é uma situação confortável.
Embora Felipão só tenha comandado a equipe em cinco jogos desde que iniciou seu trabalho (e em apenas três dessas partidas ele pôde contar com o time completo), já é possível perceber diferenças importantes entre sua equipe e a de seu antecessor. Mano Menezes vinha apostando em uma dupla de volantes leves - Paulinho e Ramires - com enorme capacidade para se unir aos homens de frente. E, mais importante, havia abdicado da figura do centroavante. Com a intenção de deixar o ataque da seleção mais rápido e imprevisível, Mano decidiu escalar Neymar à frente de uma linha de três meias, como um "falso nove". Felipão, fiel a seu estilo de futebol "duro", logo tratou de acabar com essa história de volantes leves - por isso Fernando, um típico jogador de marcação, virou titular - e centroavante "de mentira". Fred, um verdadeiro nove, foi o escolhido pelo técnico para ser o homem-gol da seleção.
Uma coisa, porém, Mano e Felipão têm em comum: a fé em Neymar. O ex-treinador do Palmeiras também acredita que o craque do Santos, apesar da pouca idade, é o jogador que pode abrir o caminho do título da Copa das Confederações (e o da Copa do Mundo, evidentemente) para a seleção. Há um problema, no entanto. Pouco acostumado à marcação feita na Europa, muito mais forte do que a praticada no Brasil, Neymar tem enfrentado enormes dificuldades quando joga contra seleções do primeiro escalão - o recente amistoso contra a Inglaterra foi um bom exemplo. Além disso, verdade seja dita, nem no Santos Neymar tem jogado bem.
Para diminuir um pouco a pressão sobre os ombros do jovem craque, Felipão apelou para Ronaldinho Gaúcho, que o ajudou a ser campeão da Copa de 2002. O brilhante momento do meia do Atlético-MG ofereceu ao técnico a oportunidade de dar a ele a camisa dez da seleção, mas, ao menos por enquanto, a aposta não tem funcionado. Ronaldinho não consegue jogar no time nacional o futebol que exibe no Atlético desde o ano passado.
Felipão e o coordenador técnico Carlos Alberto Parreira (os dois últimos treinadores campeões do mundo com o Brasil) têm experiência de sobra no futebol, e eles certamente vão precisar muito dela até o meio do ano que vem - não há dúvida de que qualquer resultado que não seja o título mundial vai ser considerado um retumbante fracasso. Para eles, a Copa das Confederações será  uma grande chance para convencer os torcedores de que a seleção está no caminho certo e merece receber apoio incondicional. Um mau desempenho no torneio, no entanto, transformará a vida dos dois em um inferno. No Brasil é assim, não tem jeito: é vitória ou crise. A vantagem de Felipão e Parreira é que eles sabem disso muito bem. 

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